Montag, 4. August 2008

New York

Voltei a New York na semana passada, ao fim de um ano. É uma cidade fascinante, que começo a chamar um pouco minha, por me reencontrar em lugares e em coisas que a cidade convida a fazer.
Todos os estereótipos sobre a cidade são absolutamente verdadeiros. O movimento é como nos filmes, o skyline também denuncia o grande ecrã. Mas há coisas que só se experimentam quando se caminha por Manhattan. Dois sons que para mim se confundem com a cidade são o bater regular e fluido do metro que me chega das grelhas nos passeios, e as sirenes de emergência que ecoam com exclusividade no canyon dos arranha-céus.
Depois há a excentricidade tão característica da metrópole, em que os 8 milhões que lá vivem já nem reparam. Como um homem a empurrar um carrinho de bebé por Chelsea, de onde espreitam dois cães de raça. Ou a miúda de 20 e poucos anos que se passeia de flip flops pela 5ª avenida, de sacos Luis Vuitton, Channel e afins nos braços. Ou os rappers no metro, os skateboarders a agitar as folhas no Central Park, os helicópteros como besouros no céu de Downtown, os pintores de fim-de-semana em concorrência frente à Lady Liberty, e os críticos mais ou menos sérios que por lá passam a dar as suas dicas.
Depois há os museus, onde me apresso para reencontrar os quadros que ainda me lembro em que lugar exacto deixei. Ou os cafés de onde aprecio um colorido incessante de pessoas à frente e atrás do amarelo dos táxis. A cacofonia de quem mora e de quem visita, a poluição de brilho a correr nos painéis de Times Square.
E depois há aquela sensação de se ser único numa cidade única, de imaginar como foi construir tudo aquilo tão cedo (nos anos 30, o Empire State Building já tinha batido o record. Onde estávamos, em Lisboa?!) e de saber que toda a gente se rende a esta metrópole do mundo, o que me faz sentir a par de figuras globais de política, das artes, do showbiz. Poderá ser pretensão, mas é uma sensação fabulosa!
Até à proxima!

Keine Kommentare: