Sonntag, 15. Juli 2007

Bem-vindo!

Snoopy, o novo membro da família!

Sonntag, 8. Juli 2007

Dan Perjovschi, WHAT HAPPENED TO US?, at MoMA (Part 1)

Dois vídeos da montagem da exposição das caricaturas de Dan P., em exibição no MoMa.

Dan Perjovschi, WHAT HAPPENED TO US?, at MoMA (Part 2)

Mittwoch, 4. Juli 2007

4th of July

Uma soirée com a Pat, os filhos e os amigos. Iguarias várias, muita crítica política e uma lição de poker. Lá fora ouve-se o fogo de artifício caseiro, que me recorda uma noite de fim de ano em Berlim.

Montag, 2. Juli 2007

Bálsamo

Adams æbler af Anders Thomas Jensen

Um neonazi enviado à província para cumprir serviço civico encontra um padre de optimismo determinado e fé inquebrável, que orienta um ex-tenista alcoólico, um árabe com propósitos terroristas, uma grávida que pensa em abortar e um ex-nazi no fim da vida. Ivan, o padre, é o eixo que mantém este desiqulíbrio numa ordem relativa e harmoniosa. À chegada, Adam, o neonazi, tem de escolher uma tarefa para levar a cabo durante o tempo que passar na igreja: fazer um bolo de maçã.
Mas Adam está mais determinado a quebrar a fé de Ivan para provar que por naureza é mau, e nem Ivan o pode mudar. Por arma tem o livro de Job, que distorce na leitura, e quase consegue o seu propósito, mas as forças que desafia provam ser mais fortes.
Esta é uma comédia sobre assuntos sérios, porque muito correntes, e a reacção divide-se entre a diversão genuína e a reflexão contida. No final, deixa a nostalgia de querer ver o mundo assim. É um bálsamo para curar da realidade.

Sonntag, 1. Juli 2007

A Europa em Portugal

Mapa da Europa por Gerardus Mercator, séc. XVI

Depois do dinamismo e do sucesso da presidência alemã da União Europeia, a herança é pesada para a presidência portuguesa. A lista de prioridades para os próximos seis meses reorienta a atenção dos 27 para o Mediterrâneo e para as duas margens do Atlântico sul, o que evoca algum cepticismo nos parceiros mais a norte. A juntar a isso, internamente Portugal está preocupado com a imagem. Literalmente, a julgar pelo lado visível da preparação, o site da presidência, em que até hoje se encontrava sobretudo informação turística sobre o país, suportada pelo design do logo nas cores nacionais de todos os parceiros alternando ao som de uma melodia futurista.
Hoje já assim não é: a música foi substituída pelos discursos.
A outra preocupação com a imagem traz laivos de vaidade, de querer deixar uma marca na história, de juntar a Lisboa o Tratado, depois da Estratégia. Um desejo legítimo, mas secundário ante o alcance da tarefa. Um consenso a 27 vozes não é fácil, como a recente história do Tratado (geb. Constituição) claramente mostra. E depois porque no coro há sempre timbres de dissonância, como mostrou recentemente a Polónia.
A cooperação transatlântica é estratégica, mas a estabilidade interna, a identidade da UE, é a sua condição primeira. É importante que a presidência portuguesa saiba distinguir entre o que foi Portugal antes da Europa, uma nação periférica com uma história voltada para o mar, do que hoje é o seu papel de parceiro activo no continente. E que saiba reconhecer que a união dos 27 é mais importante a longo prazo do que a fama (sempre relativa) de um só.
Portugal não se livrou ainda do "orgulhosamente sós" e tem uma necessidade permanente de se afirmar, o que com frequência confunde com efeitos especiais instantâneos (veja-se a Ota), em vez de procurar a estratégia mais sustentável, que trará o devido reconhecimento a seu tempo. Impõe-se por isso a necessidade de manter o dinamismo e a concentração de Berlim. A continuidade eficiente do work in progress europeu é a prioridade do momento. Esta poderá bem ser a marca que a presidência portuguesa de 2007 pode deixar na história da UE. Uma glória nada pequena ante a grandeza da tarefa.